Após uma das maiores crises do setor imobiliário, a expectativa dos especialistas são as melhores para o mercado em 2019. Somente entre janeiro e março deste ano, os financiamentos de imóveis ultrapassaram R$ 15 bilhões de reais, segundo dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Esse cenário positivo, somado ao aumento do valor para financiar um imóvel, além dos juros mais baixos e aumento do recurso para usar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) contribuem para um bom momento para investir no mercado imobiliário. Confira a seguir como funcionam os juros de financiamento de imóveis e compreenda alguns conceitos importantes para adquirir aquele tão sonhado apartamento.

O que é um financiamento?

O financiamento se trata de um acordo estabelecido entre o consumidor e uma instituição financeira, geralmente os bancos. A operação tem como objetivo o fornecimento de recursos para que a parte interessada (consumidor) faça algum investimento estabelecido previamente com o banco.

Diferente dos empréstimos, o valor aqui acordado deve ser investido no que está no contrato. Os financiamentos podem ser para compra de imóveis, carros, motos e até mesmo para pagar universidade e cursos extracurriculares.

Como funciona o financiamento de um imóvel?

Financiamento de Imóveis e seu juros

Caso queira comprar uma casa ou apartamento novo ou usado, você pode solicitar junto aos bancos o financiamento. Por meio dele, a instituição financeira paga ao vendedor a quantia do imóvel, e dessa forma, quem acabou de adquirir o bem fica com as parcelas a serem quitadas ao banco.

Vale lembrar que o financiamento pode ser realizado por qualquer banco, sendo que o que varia de uma instituição para outra são as condições de pagamento, os juros e suas taxas, o contrato e qual o valor do imóvel pode ser financiado.

Para financiar um imóvel é preciso ser maior de idade, ter comprovante de renda e não ter restrições no nome. De maneira resumida, abordaremos o passo a passo para financiar um imóvel. Caso atenda todos os requisitos necessários, é hora de simular o financiamento, o que pode ser feito no site do próprio banco.

Depois de fazer as simulações, escolha o banco que melhor se adapta às suas condições financeiras, e vá até uma agência conversar com o gerente. Ao solicitar o financiamento leve ao banco o RG, CPF, comprovante de estado civil, comprovante de endereço atualizado, carteira de trabalho, imposto de renda (caso tenha declarado) e comprovante de renda. Caso seja casado, leve também a documentação do cônjuge.

Após a entrega da documentação, o banco verifica se não há restrições de créditos em seu nome, além de analisar se a renda dá para quitar a dívida do financiamento do imóvel. Na maioria dos casos, o valor financiado não pode ultrapassar 30% da renda em suas parcelas.

Você deve reportar ao banco qual imóvel deseja financiar e o valor, este por sua vez irá avaliar o local e toda a documentação da propriedade para certificar que não há nenhuma pendência. Assim que as etapas forem concluídas, é hora de assinar o contrato de compra e venda e o contrato de financiamento, fornecido pelo banco e registrado no Cartório de Registro de Imóvel.

Agora é hora de começar a quitar as prestações e a boa notícia é que você pode parcelar em até 360 vezes. Assim que terminar de pagar o valor devido ao banco, você recebe o Termo de Quitação do Imóvel, e inclusive já será possível transferir seu imóvel para terceiros.

Quais os tipos de financiamentos de imóveis que existem no Brasil?

No Brasil, 5 bancos são mais frequentemente requisitados quando se fala em financiamento imobiliário, sendo eles a Caixa, Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Itaú – Unibanco. No entanto, antes de escolher qual melhor instituição para financiar um imóvel, entenda a diferença entre SFH e SFI.

O Sistema Financeiro de Habitação (SFH) é um programa criado para facilitar a vida de quem pretende construir, adquirir ou reformar um imóvel. Seu objetivo é oferecer créditos de longo prazo com juros baixos para que as pessoas tenham condições de fazer o financiamento para pagar pelo imóvel.

O SFH possui regras estipuladas pelo Banco Central que falam sobre o valor máximo que pode ser financiado, que varia entre R$ 800 mil e R$ 950 mil, dependendo do estado. Por outro lado, temos o SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), criado para atender aos requisitos que o SFH não atendia, ou seja, aos imóveis com valores acima de R$ 950 mil.

Taxas de amortização e os juros de financiamento de imóveis

Em 2018, a Caixa anunciou a redução na taxa de juros de financiamento de imóveis, o que levou a uma reação no mercado financeiro, resultando na redução de juros por parte de outros bancos.

Os juros de financiamentos de imóveis, seja de um apartamento ou uma casa, se referem ao valor que o banco te cobrará por emprestar o valor para investir no imóvel. Alguns fatores como idade, renda e histórico financeiro influenciam na hora de solicitar o financiamento, e são eles que determinarão qual taxa de juros será cobrada.

Os juros estão inclusos nas parcelas de financiamento e são baseados no saldo devedor (valor do imóvel menos o valor da entrada). Existem três sistemas que influenciam na quantidade de vezes que irá pagar o financiamento e consequentemente na taxa de juros, são eles, o sistema SAC, tabela Price e Sacre.

No sistema SAC, o valor de cada parcela diminui à medida que são quitadas. Já na tabela Price, não há mudança no valor das parcelas, no entanto no custo final, o valor é somado a seguros, taxas e atualizações mensais, o que a torna menos atrativa.

O Sacre é a junção do SAC com o Price, onde as prestações sobem de valor durante um certo tempo e depois diminuem até que as parcelas sejam todas pagas.

Os três sistemas citados acima são os mais praticados no Brasil, no entanto, alguns bancos tem outros modelos próprios. Abaixo, confira os juros cobrados pelas instituições financeiras até a data deste artigo, levando em consideração, os SFH e o SFI.

Banco do Brasil

Sistema Financeiro Habitacional (SFH): taxas a partir de 8,49% ao ano

Bradesco

Sistema Financeiro Habitacional (SFH): juros a partir de 8,95% ao ano

Caixa
Sistema Financeiro Habitacional (SFH): taxas a partir de 8,75% a 10,25% ao ano

Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI): taxas a partir de 9,5% a 11% ao ano.

Itaú Unibanco

Taxas a partir de 8,3% ao ano.

Santander

Sistema Financeiro Habitacional (SFH): taxas a partir de 8,99% ao ano.

Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI): taxas à partir de 9,49% ao ano.

Novas regras para o mercado imobiliário em 2019

Como funciona o financiamento de imóveis e seus juros

Ainda abordando sobre o mercado imobiliário, o governo anunciou novas mudanças para o crédito imobiliário que estão em vigor desde janeiro.

No caso da Caixa, por exemplo houve o aumento do valor máximo de financiamentos de imóveis do SFH de R$ 900 mil para R$ 1 milhão e meio. Isso significa que o governo liberou o uso de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para classe média e média alta adquirirem imóveis mais caros.

Dentro das mudanças, o governo anunciou ainda que concederá mais créditos para imóveis cujo valor não ultrapasse R$ 500 mil, além de flexibilizar o destino dos valores investidos na poupança por parte de bancos.

Agora que já compreendeu como funcionam as taxas de financiamentos de imóveis, que tal dar uma olhada nas opções de apartamentos que temos disponíveis pra você? Acesse o nosso site e encontre um imóvel com a sua cara.

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